terça-feira, 7 de dezembro de 2010

esqueci o fogo acesso?

        sai de casa com um sorriso enorme no rosto e asas me carregando, o gosto e alívio de ter entrado na faculdade, mudado de fase. finalmente, depois de três anos de cursinho era o mínimo que eu podia fazer. era? foi o máximo de mim, o meu limite. não tinha mais forças pra acordar as oito da manhã, como conseguiria estudar? isso importa? talvez.
      não. eu passei. estou na próxima fase. mas a medida que a gente vai passando de fase o jogo vai complicando. isso não diminui a alegria de ter passado de fase, mas com o tempo a gente esquece que passou e se concentra no próximo desafio, e como está difícil passar por esse fogo sem morrer queimado.
     o desespero te puxa pela perna quando você lembra do chefão. e você começa a perder suas vidas com coisa boba e reza pra que esse jogo salve e você possa voltar de onde parou. mas esse jogo não salva, não existe volta, só continuação.
     eu queria expressar o meu sentimento de esquecimento, de incompleto, quando tudo na minha vida está no lugar certo. e eu falei de videogame. acho que a vida é assim mesmo, a gente tenta, tenta, tenta ir por um caminho e acaba em outro. só espero saber lidar com as tombadas nesse novo caminho, e espero não ter esquecido o fogo acesso pra poder voltar para a minha casa e não para as cinzas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fly me to the moon

Espero que o dito cujo não fique chateado com esse post. Fly me to the moon do Sinatra é uma das minhas músicas prediletas, não era, agora é. Eu me apaixono por uma música não por ela em si, mas pelos momentos que ela me faz lembrar. Músicas me lembram momentos, é como apertar o play da minha mémoria. Algumas músicas não me lembram nada, nadinha, eu posso escutar a mesma música mil vezes e nada acontece. É como beijar alguém por quem você não tem sentimentos, é vazio. Fly me to the moon era uma música vazia pra mim. Eu tocava no piano, e nada. Eu escutava no computador, e nada...
                                                   
Até o meu aniversário, quando um grande amigo me deu o amor a essa música de presente. Fim de festa (de balada), hora de ir para casa. Estava eu, dirigindo o carro do dito cujo (eu nunca tinha dirigido nenhum carro que não fosse o meu antes, eu considerei isso outro presente, a aventura de fazer o implanejável) enquanto o dito cujo sentava no banco de trás com uma amiga nossa. Silêncio e uma voz aparece e vai. Silêncio e a voz volta mais forte: fly me to the moon... e parava nessa frase. Então, ousadamente, decidi continuar eu mesma: -and let me play among the stars. No final, cantávamos um dueto com duas frases da música e foi lindo. Agora , toda vida que escuto essa música lembro do meu amigo e da pureza daquele momento. Agora, eu adoro essa música e eu só tenho a dizer: Obrigada. Obrigada pelo presente, meu amigo. 


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Metalinguisticamente falando..

Começar falando o que é pretruna. Não, eu não estou explicando pra vocês, mas pra mim mesma. É fato que daqui a poucos dias eu não vou fazer a mínima idéia do que significa pretruna, e irão me perguntar, e irão insistir argumentando que o meu objetivo ao não dizer o significado de pretuna é fazer mistério. Doce mistério, tanto mistério que me afoguei, e o mistério virou esquecimento. Ou não, eu, provavelmente, esquecerei. Sem doçura nem poesia, só o simples esquecimento cotidiano.
                                       
Pretruna não é uma Deusa. Pretruna não é uma mulher forte. Pretruna não é uma mulher. Pretruna é uma palavra, apenas. Pretruna é o resultado de uma tradução. Traduzindo contradição para o idioma letão, encontraremos Pretruna. Quem melhor para me descrever do que ela? Ela, que não é nada mas carrega consigo toda uma definição. Definição de uma vida talvez, da minha vida talvez.